terça-feira, 16 de novembro de 2010
A BICA DO TAMANDUÁ
(Memoriais de Sofia/Zocha)
O misterioso caminho da água turva ficava há alguns metros da garganta da bica do Tamanduá no próprio instante do pensar.
Era um desfiladeiro escorregadio onde dançavam as corujas e os caniços gritavam à beira da água onde ele costumava ficar. Nesse lugar havia um mistério, uma nesga de luz que aparecia no meio da noite quando bem escuridão nua-lua e desturvava-se a água que caia na garganta da bica por algum milésimo de segundo. Era nesse lugar que aparecia um estranho santo chamado São Judas Ateu, um santo que carregava um grande saco de vazios às costas e não conseguia descer nem subir o desfiladeiro . Ele só escorregava sobre o nada e nadava...
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